Como o Chaves e a D. Florinda podem te ajudar na hora da prova

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Como o Chaves e a D. Florinda podem te ajudar na hora da prova

Importante:

– Esse artigo foi baseado em conhecimentos de um curso denominado ‘Learning how to learn’ disponível na plataforma Coursera.

– A palavra mente é usada nesse artigo de forma livre e didática, com o único intuito de buscar auxiliar o leitor sobre o entendimento do assunto.

Qual a melhor forma de aprender algo?

Vários neurocientistas ao redor do mundo tentam buscar as melhores respostas para essa pergunta. Uma dessas linhas de pesquisa, realizada na Computational Neurobiology Laboratory, na Califórnia, nos mostra que a melhor forma é através da alternância entre dois modos de pensamento: o focado (focused thinking) e o difuso (difuse thinking), que eu tomei a liberdade de traduzir livremente.

Tá, mas e o que o Chaves e a D Florinda têm a ver com isso tudo?

Vamos lá então. Sabe quando a senhora, mãe do Quico, encontra o mestre linguístico… digo, o professor Girafales? Ela não enxerga e nem pensa em mais nada a não ser ele, não se atenta para qualquer outra coisa no mundo, nem mesmo para o seu maior tesouro: o Frederico.

É mais ou menos assim que a nossa mente se comporta quando estamos focados em algo. Por exemplo, se você está resolvendo uma operação matemática, a mente estará focada nas regiões do cérebro que são necessárias para realizar essa operação. Se estiver lendo um livro, a mente se manterá focada onde for necessário para que você se aprofunde naquele tópico. Esse estado focado é ótimo para quem deseja explorar mais sobre um assunto específico.

Outro fato interessante de analisarmos é o quanto nossa atenção diminui quanto ao que acontece ao nosso redor, chegando a até nem ouvirmos alguém que fale conosco, por exemplo, dado o poderoso foco que empregamos à uma única atividade.

Porém, não raramente, podemos nos ver presos, sem encontrar uma solução para algo mesmo se empregarmos o máximo de foco e atenção. É aí que chega a hora do Chaves sair do barril e dar seu show.

Se a D Florinda é o pensamento focado, então o Chaves é o pensamento difuso?

Exatamente. E acho que é um dos melhores exemplos possíveis para isso, não concorda? O Chaves é um menino que não costuma focar muito nas coisas que faz, parecendo estar no mundo da lua, mas ainda assim não deixando de ser muito criativo e tendo grandes sacadas, principalmente quando se trata de responder ao seu madruga.

Pois assim seria o pensamento difuso. Que não está concentrado em um lugar específico do cérebro, mas divagando por todo seu campo, passando por diferentes áreas e possibilitando conexões variadas.

Lembra do outro exemplo, em que você ficou preso em uma situação sem conseguir pensar em uma saída? A resposta pode estar em outra área do seu cérebro que, conectado à região onde o problema é processado, pode gerar a combinação perfeita para uma ótima solução.

Se a melhor forma de aprender é alternar entre esses dois modos, como posso fazer isso na prática?

Como resposta, os pesquisadores nos trazem a técnica pomodoro (que vem do italiano e significa tomate). Essa técnica consiste em, ao estudar algo, por exemplo, deve-se estipular um tempo para focar nesse aprendizado e depois dar uma pausa e realizar qualquer outra atividade.

Vamos entender melhor.

Digamos que você deseja aprender sobre o funcionamento do sistema cardiovascular. Você estipula um tempo de 30 minutos para ler um artigo ou assistir a um vídeo. Após esse tempo, você dá uma pausa de 5 minutos. Pode tomar uma água, organizar a casa, dar uma caminhada, enfim, algo que permita que seu pensamento entre em modo difuso. Em seguida retorna para o ciclo de mais 30 minutos focado e 5 de difusos, e assim por diante. Existem diversos Apps e softwares que podem ajudar nesse processo, cofira:

  • Toggl – Ótimo aplicativo gratuito para controle de horas, permite cadastrar atividades e subatividades que permite você contabilizar o tempo que gasta em cada atividade. https://track.toggl.com/timer
  • App Focus Keeper – Disponível para Android e IOs.
  • App Pomodoro- Disponível para Android e IOs.
  • App Be Foccused- Disponível para Android e IOs.

Entre tantos outros

Existe até mesmo uma estratégia sobre como resolver uma prova.

Segundo esses mesmos pesquisadores, a melhor forma de resolver uma prova é começar pelas perguntas difíceis, mas sem respondê-las. Veja só que interessante: ao começar uma prova lendo as perguntas mais difíceis, você forçará seu cérebro a entrar em modo focado (como se uma prova por si só já não fizesse isso, =).

Em seguida, sem ainda responder essas perguntas mais difíceis, você iria para as mais fáceis. Isso faria com que seu cérebro estivesse em um modo mais difuso (ou menos focado). Nesse momento a mente pode realizar conexões com assuntos e habilidades variadas.

E por fim, ao retomar as questões mais difíceis, o cérebro já estaria mais preparado para utilizar informações variadas ou até criar soluções inusitadas ou menos comuns. Um ponto importante é que você sempre estude bastante, já que isso é uma técnica e não um truque de mágica.

O próprio Dr. Terrence Sejnowski, pesquisador desses modos de pensamento, inclui em sua rotina várias pausas e até mesmo caminhadas na praia. Ele afirma já ter tidos vários ‘insights’ sobre seu trabalho enquanto estava simplesmente fazendo uma corrida.

Você se interessou sobre esse assunto? Já tinha ouvido falar sobre algumas dessas coisas? Já usa a técnica pomodoro? Comenta aqui embaixo.

Mas tome cuidado para não receber ninguém com uma pancada em sua casa quando estiver no modo Chaves.

Para melhor aprendizado e aprofundamento sobre o assunto, acesse o curso Learning how to learn. Abaixo, segue o vídeo do próprio curso curso explicando sobre o assunto.

E não deixe de usar o servidor no discord do Espaço CMaker e entrar no focused thinking com o pessoal.

Grande abraço e até a próxima!

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Roney Chaves

Eterno padawan das coisas incríveis da vida, bacharel em administração e futuro engenheiro de software; já entrei pelo cano verde e enfrentei vários koopas mas consegui salvar a princesa ensinando inglês, auditando processos e gerenciando indicadores. Adoro música, tecnologia, estrelas, natureza e aprender coisas novas.

2 comentários sobre “Como o Chaves e a D. Florinda podem te ajudar na hora da prova

  1. Ótimo trabalho, Roney. Vivendo e aprendendo. Isso vai quase como uma somatória a um livro que estou lendo, De onde vem as boas ideias, de Steven Johnson. Nele, o contexto sobre onde surgem os insights ou as ideias, vem da somatória do conhecimento do indivíduo, somado ao ambiente que o cerca, principalmente se o ambiente for motivador.
    Parabéns pelo trabalho. Grande abraço.

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